O tempo que antes me faltava e era desculpa para toda a minha inutilidade agora está sobrando. As noites agora estão livres e tenho tempo para usar como bem entender. Pois bem, as conseqüências diretas seguem abaixo:
Morbidez
Marasmo
Desespero
Tédio
Talvez esteja acostumado a não ter tempo pra parar e pensar, vivo nesta correria pós-moderna infernal, sempre uma voz falando, um telefone tocando, uma luz piscando, um zumbido irritando. Me acostumei a não viver, apenas sobreviver, dia após dia nesta maldita rotina, e de repente quando me deparo comigo mesmo no silencio do meu quarto, não encontro nada. Na tentativa de provar para mim mesmo que tenho alguma essência me ponho a escrever, após várias tentativas frustradas desisto. Fumando um cigarro na janela e olhando a cidade a se aquietar na escuridão, nem mesmo a velha tristeza me acompanha. É tudo apenas desesperança e cegueira. Será que me entreguei? Envelheci? Deixei de ser para apenas estar?
Por isso é que lhe peço, conte-me seus sonhos, diga-me o que tens feito, por onde tens andado, quem tens amado e quem tens odiado, me fale sobre o que te alegra e o que te entristece, quais são suas ansiedades e suas conquistas.
Conte-me tudo, me distraia por um minuto, pois não há mais sopro em minha alma e eu apenas flutuo inerte neste mar imundo.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
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Um comentário:
Gostei de sua escrita ness, mais precisamente nos dois ultimos paragrafos, ficaram legais.
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