Conheci muitos apaixonados
Por mulheres
Por idéias
Por dinheiro
Por prazeres
Todos determinados, absortos, cegos
Felizes em suas alienações, afirmados em suas razões
O sentido não existe, e minha única paixão
Encontro na retórica desta afirmação
No seu decorrer ela mesma perde a coerência
É a mesma satisfação da demência
Um circulo infinito
Um redemoinho
Que me suga pelo ralo
E me joga no vazio
Onde não há verdade
Nem mentira
Nem extase
Nem agonia
Apenas a consciência da ilusão
Ilusão que não diferencia um faminto desnutrido de um intelectual deprimido
Um prato de comida ou uma constatação genial, o resultado é o mesmo:
Satisfação
Nisso se resumem as paixões
Hedonismo
Mascarado, quase imperceptível
Até na submissão à espectativas
E em atitudes altruístas
Mas eu não consigo, prefiro ser um descrente fodido, que um alienado entretido
Há ! Até parece ! Garçon me vê mais uma cerveja, que a cabeça tá começando a fluir...
sexta-feira, 6 de março de 2009
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