domingo, 15 de março de 2009

Durante a Madrugada

Na madrugada de um dia passivo
Minha existência se confronta
Os entulhos se amontoam
Com sonhos destruídos

A tristeza esperada
De uma alma solitária
Que se eleva momentaneamente
Para depois cair mais fundo

Todos os bons momentos
Que me trouxeram felicidade
Cobram agora sua taxa
Na mesma intensidade

Este é preço da ilusão
O que é o real?
Sou eu mesmo que estou aqui,
Carregando esta vida inútil?

Não responda!
Você não sabe de nada
Nem eu mesmo sei
Sei só que não me encaixo

O que vou fazer?
Para onde vou?
Agora vou até a janela
Respirar fundo e voar

Aproveitar o momento
De falsa liberdade
Antes que me prendam
Me amarrem e me tragam de volta

As amarras são de arame farpado
Já lutei em pânico e fúria
Inútil! Só me feri
Estou domado, não posso mais fugir

Um comentário:

mayara c. disse...

às vezes parece que tudo na vida tende ao equilíbrio. é como se houvesse momentos bons para equilibrar os ruins - e viceversa.

você escreve muito bem, tonho :D
beijão ão