quarta-feira, 6 de maio de 2009

Estou seco,

As últimas gotas de umidade foram evaporadas por meu cigarro amargo, meus labios queimados não são capazes nem de sentir seu beijo. Meu peito se comprime, meus pulmões dóem, meu coração não mais bate, meus olhos não tem mais brilho.

Estou seco.

Não posso verter uma lagrima sequer. A escuridão está tão densa, que absorveu meu ser, transformou-o em uma massa viscosa, preta como petróleo, pesada como chumbo. Tão densa, criou gravidade, me engole aos poucos como um buraco negro. Preciso apenas de uma lágrima, para me libertar, uma lágrima ácida que corroa minha angústia.

Estou seco.

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