Por que o ser humano pós-moderno encontra-se tão frequentemente imerso em tristeza? Será realmente uma característica exclusivamente pós-moderna? Talvez apenas surgiu uma nova roupagem para esta sensação inerente à consciência.
A felicidade, como a fantasiamos, se daria pela satisfação dos desejos do ego, pela conquista das liberdades individuais. Que em sua maioría tornam-se impossíveis devido à organização da vida em sociedade. Das normas, regulamentações e principalmente do respeito. Assim nos limitamos.
Para substituir as ansias instintivas/animalescas, criamos novos conceitos de realização e consequente felicidade. Todas associadas à máquina social, ao reconhecimento, falsas em sua essência, essenciais à manutenção da sociedade.
Se neste ambito é impossível vislumbrar saída (estamos presos à sociedade), me parece que devemos buscar a satisfação na simplicidade, não negar o impulso. Como me aconteceu neste final de semana, dar um abraço ébrio numa pessoa desconhecida que surgiu aleatóriamente e ocupou alguns longos instantes da minha vida. Depois rir-se disso sem se preocupar com o que pudesse ter parecido, sabendo apenas que foi honesto e verdadeiro.
Me disseram que felicidade não é felicidade se não for compartilhada, realmente, não há melhor maneira de se sentir feliz do que fazer outros felizes, há, aqui estou eu novamente, no egoísmo do altruísmo. Mas desta vez eu consegui me enganar muito bem, acho que aprendi esta mentira como verdade, e ainda acredito nela.
terça-feira, 21 de julho de 2009
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